Obrigada pela visita

sejam sempre bem vindos, bjus

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

DESFILE DA VIDA

Um samba maldito,



Um enredo sem cor,


Um desfile vazio


Um temporal de dor,


Malandro ginga


Cabrocha rebola


No ritmo do surdo


Uma cuíca que chora


Fantasias sem brilho


Alegorias sem vida


Sacode pandeiro!


O povo clamou!


Um ano se foi


Carnaval já passou?


Cadê alegria


Do coração sonhador?


Aqui estão...


Surdos, cuícas tamborins


Colombinas e Arlequins


A passista e o malandro


Tudo de novo!


No coração do poeta


Sentado na arquibancada


Aplaude com fervor


O samba da vida


onde cada um é passista


Sambando com categoria


Na alegria e na dor


E quem disse que o desfile acabou?

( Marcia F.)

Beijinhos e mais beijinhos dessa loira que vos ama!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

AQUI ESTOU!

Ola gentemmm! Que baita saudades de vocês! Ok.. muita pretensão minha né, quem for ler, vai achar que mil pessoas lêem esse espaço. Ah sou exagerada mesmo...rs , e sonhar não custa nada!
Ando sumida mas tem explicação. Falta de tempo, tempos meios conturbados, enfim... coisas e mais coisas que acabam nos ocupando e quando percebemos , o tempo acaba ficando escasso para fazermos o que realmente gostamos. Mas aqui estou e vou postar uma obra de Vinicius ok.

Leiam e apreciem!

 O POETA E A LUA

Vinícius de Morais

Em meio a um cristal de ecos
O poeta vai pela rua
Seus olhos verdes de éter
Abrem cavernas na lua.
A lua volta de flanco
Eriçada de luxúria
O poeta, aloucado e branco
Palpa as nádegas da lua.
Entre as esfera nitentes
Tremeluzem pelos fulvos
O poeta, de olhar dormente
Entreabre o pente da lua.
Em frouxos de luz e água
Palpita a ferida crua
O poeta todo se lava
De palidez e doçura.
Ardente e desesperada
A lua vira em decúbito
A vinda lenta do espasmo
Aguça as pontas da lua.
O poeta afaga-lhe os braços
E o ventre que se menstrua
A lua se curva em arco
Num delírio de luxúria.
O gozo aumenta de súbito
Em frêmitos que perduram
A lua vira o outro quarto
E fica de frente, nua.
O orgasmo desce do espaço
Desfeito em estrelas e nuvens
Nos ventos do mar perpassa
Um salso cheiro de lua
E a lua, no êxtase, cresce
Se dilata e alteia e estua
O poeta se deixa em prece
Ante a beleza da lua.
Depois a lua adormece
E míngua e se apazigua...
O poeta desaparece
Envolto em cantos e plumas
Enquanto a noite enlouquece
No seu claustro de ciúmes.

PS: Ótima semaninha e um beijo dessa loira que vos ama!